O filho caçula de 13 irmãos e irmãs, nasceu em 1491 no Castelo de Loyola, na Espanha. Batizado de Iñigo, mais tarde, entretanto mudaria o seu nome, passando a assinar como Inácio.
Com apenas 15 anos, em meados do ano de 1506, o jovem Inácio se dispôs aos serviços de Juan Velázques de Cuéllar, o então ministro do Tesouro Real Espanhol, durante o período de reinado de Fernando Aragão. Tornou-se cavaleiro, mostrando dedicação e inclino para as aventuras militares.
Sua história começou a mudar quando, em 1521 foi ferido gravemente em uma das batalhas em defesa de Pamplona (capital de Navarra) contra os franceses. Devido ao ferimento causado em sua perna direita, passou meses em período de recuperação, voltando ao castelo de seus pais. O grave ferimento, no entanto, resultou em um grande acontecimento, que alteraria para sempre a sua história.
Em seu período de recuperação, não haviam livros de cavalaria – os seus preferidos. Dedicou-se, então, à leitura do livro “Vida de Cristo”, assinado por Ludolfo da Saxônia. E foi após o contato com a coletânea de livros espirituais que converteu-se ao catolicismo, dando início a profundos estudos filosóficos e teológicos.
Recuperado, anos mais tarde, já em 1534, na capela de Montmarte, em Paris, Inácio, junto com outros seis companheiros, – Francisco Xavier, Pedro Fabro, Afonso Bobadilha, Diogo Laínez, Afonso Salmeirão e Simão Rodrigues – fizeram votos de dedicarem-se ao bem dos homens, imitando Cristo, peregrinar a Jerusalém e, caso não fosse possível, apresentar-se ao Papa, com o objetivo de colocarem-se à disposição do Pontífice. Desta forma, originou-se a Ordem Religiosa da “Companhia de Jesus”, aprovada pelo Papa Paulo III, em 1540.
Até o seu falecimento, em 1556, Inácio dedicou-se à função de preparar e enviar os jesuítas ao mundo todo, servindo à Igreja e escrevendo as Constituições da Companhia de Jesus. Sua canonização viria a acontecer anos mais tarde, no mês de março de 1622, pelo Papa Gregório XV, sendo então reconhecido em todo o mundo como Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus.
Seu legado e missão permanecem presentes nas obras jesuítas, por meio de santuários, instituições e escolas ligadas à Ordem Religiosa. Na educação, presente em 72 países, com mais de 850 colégios, 200 universidades e faculdades e 2.700 centros de Educação Popular da Fundação Fé e Alegria.
Ligada à Companhia de Jesus, a FEI (Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros), conecta-se à tradição educativa da Ordem Religiosa, visando a transformação das pessoas e das realidades, na esperança e perseverança da construção de uma sociedade humana, justa, sustentável e fraterna.