Proposto na década de 1990, o modelo da Tripla Hélice defende a interação entre universidades, empresas e governo para garantir o desenvolvimento tecnológico e a transformação de conhecimento teórico em aplicações práticas. Essa sinergia e aproximação resulta em um desenvolvimento mais rápido do país em diferentes áreas, sendo a inovação a mola propulsora desse processo.
E é com esse intuito que alguns atores envolvidos neste processo, como o Centro Universitário FEI, criaram maneiras de potencializar essa sinergia, como a AGFEI – Agência FEI de Inovação. Criada há mais de 5 anos, a agência tem como objetivo gerenciar as políticas de inovação da Instituição, proteger a sua propriedade intelectual, transferir tecnologia para o setor produtivo, disseminar a cultura de inovação, apoiar os pesquisadores e as ações de empreendedorismo no ambiente acadêmico, entre outros.
Em suas práticas convencionais, universidades, empresas e governos desempenham papéis bastante definidos na sociedade. Nesse contexto, o ambiente acadêmico é visto como reduto de conhecimento e fornecedor de mão de obra qualificada; as empresas como produtoras de bens e serviços; e o governo como fiscalizador dessas atividades. Porém, esse modelo fragmentado perde força a cada dia, testemunhando um aumento constante na interação entre os três segmentos.
Se comparado a outros países, como Suíça, Países Baixos e Suécia, o Brasil ainda possui uma baixa cultura de inovação, mas segue investindo para mudar esse cenário. As universidades têm dedicado esforços para a criação de soluções tecnológicas para as principais demandas da sociedade, inserindo alunos e professores na realidade do mercado.
AGFEI - Agência FEI de Inovação
A AGFEI funciona como o elo entre o Centro Universitário FEI e o setor produtivo, estimulando a transferência de tecnologia entre ambas as partes e buscando colaborações que envolvam não apenas docentes, mas também alunos de graduação, de mestrado e de doutorado. Por meio dessas parcerias, os pesquisadores da FEI podem desenvolver seus projetos com as empresas, que os apoiam com recursos materiais, financeiros e informações técnicas.
Para o professor e coordenador da AGFEI, Vagner Bernal Barbeta, “a academia é um local de geração de conhecimento e a empresa é o local de geração da inovação. Esta, por sua vez, só existe quando é aplicada ou chega ao mercado. Assim, os papéis de empresa e universidade são complementares. O governo é o mediador dessas relações, estabelecendo o arcabouço jurídico adequado, bem como um dos apoiadores financeiros, especialmente quando existem grandes desafios tecnológicos a serem vencidos”.
Além disso, a agência procura despertar o viés empreendedor dos alunos, apoiando-os na participação de eventos de empreendedorismo e inovação, concursos, hackatons, etc.
Projetos apoiados pela AGFEI
Atualmente a AGFEI conta com cerca de 15 parcerias, que envolvem 10 alunos diretamente. Organizações como Deca, CEVA, B2W, Suzano, RNP, Grupo Legrand, CBMM, Sandvik, Infibra, Vtech, FIESP, CIESP e Abrava, são alguns dos nomes que fazem parte do portfólio da agência.
Alguns laboratórios do Centro Universitário FEI também contam com o apoio de empresas privadas, por meio de projetos intermediados pela AGFEI. Exemplo disto é o Laboratório de IoT (Internet das Coisas), que teve suporte da Telefônica-Vivo e já ajudou a formar diretamente 73 alunos, entre graduação, mestrado e doutorado, em temas ligados a Internet das Coisas. O apoio ao laboratório também permitiu a publicação de 16 artigos em congressos e periódicos nacionais e internacionais, e a criação de uma startup sobre o tema de uma das pesquisas desenvolvida pelo grupo. Hoje, o Laboratório de IoT desenvolve um projeto, em conjunto com a União Europeia, voltado à aplicação da Internet das Coisas em irrigação inteligente de precisão.
Para Vagner Bernal Barbeta, parcerias como essas são excelentes oportunidades para os alunos se aproximarem das demandas reais do mercado. “As empresas procuram pessoas que possam contribuir com a solução de problemas. Conhecer os desafios do setor produtivo, ter participado de um projeto de parceria com uma empresa e desenvolver outras qualificações, além das técnicas, ajuda os alunos a estarem mais preparados para o mercado de trabalho e apresentarem, portanto, importantes diferenciais competitivos”, afirma.
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