Nunca se falou tanto em Inovação como nos dias atuais, principalmente quando o termo é associado a tecnologia. Mas a verdade é que a pratica de inovar é cada vez mais necessária, inclusive no local onde se formam as mentes mais inovadoras, que são as salas de aula. Ambientes, formatos, métodos de ensino; isso também tem passado por transformações que são necessárias para acompanhar o ritmo de uma sociedade que evolui exponencialmente.
Sendo assim, instituições de ensino e, principalmente docentes que se diferenciam neste contexto saem na frente como agentes transformadores; como os professores do Departamento de Administração da FEI, Hong Ching, Willian Francini, que tiveram suas iniciativas e práticas inovadoras de ensino e aprendizagem premiados no 1º Prêmio ANGRAD de Inovação em Ensino e Aprendizagem.
A iniciativa, promovida pela Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração – ANGRAD – tem por objetivo reconhecer as Instituições de Ensino Superior, coordenadores, docentes e discentes que têm inovado no processo de ensino e aprendizagem nos cursos de Administração. Concorrendo com outros 35 trabalhos do Brasil, as iniciativas dos professores da FEI ficaram entre as melhores.
As práticas inovadoras foram analisadas e avaliadas inicialmente por membros do Comitê Acadêmico - formado por pesquisadores das 5 regiões brasileiras, que selecionaram os 22 melhores trabalhos. Posteriormente, esses trabalhados foram avaliados por uma Comitê Estratégico - formado por autoridades externas que selecionaram 11 trabalhos. Oito foram avaliados com DISTINÇÃO e três com LOUVOR. Os demais trabalhos também foram premiados como finalista.
O uso da Taxonomia do Bloom - estrutura de organização hierárquica de objetivos educacionais para desenvolver competências - metodologia apresentada pelo coordenador do Departamento de Administração – campus São Bernardo do Campo – Prof. Dr. Hong Ching, foi um dos oito trabalhos reconhecidos com DISTINÇÃO. A metodologia tem como objetivo melhorar o desenvolvimento das competências nos alunos, comunicando efetivamente o nível que eles estão atingindo.
O método segue o ciclo P-D-A-A, que se inicia com uma proposta de planejamento (P), organizado a partir de objetivos educacionais. A partir desses objetivos, são elaboradas dinâmicas de aprendizagem (D) nas quais os alunos vivenciam o objetivo de aprendizagem proposto. Na fase seguinte, ocorrem momentos de avaliação (A) que permitem ao docente acompanhar e intervir no processo e, por fim, seu alinhamento (A) para desenvolver competências usando a taxonomia do Bloom. “Os resultados nos mostram melhora na média dos alunos. Além disso, eles se sentem mais engajados nas aulas, veem o valor das dinâmicas de aprendizagem para realçar seus níveis cognitivos e como essa metodologia ajuda a desenvolver suas competências”, explica o professor Hong.
Já na iniciativa utilizada em aula pelo Prof. Willina Francini, coordenador do curso do campus São Paulo da FEI, foi premiada como finalista. Essa iniciativa também trabalha a formação por competência, mas com foco nas metodologias ativas, que propõem viabilizar diversos níveis de interação entre o corpo discente, através de atividades em equipe, colaborativas e, também individuais, como por exemplo, aprendizagem baseada em problemas, projetos, casos; aplicação de mapa conceitual, dinâmica de sistemas e negócios, e trabalho interdisciplinar e integrador. “Neste modelo, fazemos com que o aluno vá a campo desde o primeiro semestre do curso para a realização de coleta de dados, passando por estudos reais em empresas, até o último semestre, quando incentivamos os alunos a terem contato com diversos órgãos de fomento de novos negócios, como a FAPESP, e façam uso de metodologias aplicadas no mundo real, para o desenvolvimento de novos negócios”, destaca o professor Willian.
Foram cinco os critérios de avaliação do Prêmio: A) Mudança substantiva: em relação às práticas anteriores (diferença entre o “antes e o depois” da implementação da inovação), B) Método utilizado e potencial de reprodução: consistência metodológica da experiência inovadora de ensino e aprendizagem, assim como o potencial da replicação em outras IES; C) Inovação da proposta: quanto à concepção da iniciativa, ao processo empreendido e os resultados alcançados. D) Envolvimento de atores: na experiência, de tal forma a ampliar ou consolidar formas de acesso e diálogo entre os participantes; E) Utilização responsável dos recursos: disponíveis, interna e externamente às IES, ou seja, que estimulam práticas autônomas e que podem vir a ser autossustentadas. (10%)
O Centro Universitário FEI ainda foi agraciado com outra premiação. O Prof. Edson Coutinho, também do Departamento de Administração, foi premiado com o melhor artigo da área Marketing da ENANGRAD.