Notícias Fei

Professor da FEI explica como acompanhar a primeira Superlua de 2022, que ocorre nesta terça-feira (14/06)

Professor da FEI explica como acompanhar a primeira Superlua de 2022, que ocorre nesta terça-feira (14/06)


  14/06/2022

Astrofísico da FEI, Cássio Barbosa, esclarece como satélite natural poderá ser visto até 17% maior e 30% mais brilhante que o normal, segundo a Nasa

Nesta terça-feira, dia 14, a comunidade científica e os entusiastas da astronomia encontrarão o céu noturno mais iluminado devido à primeira Superlua de 2022. Durante o fenômeno, segundo a agência espacial norte-americana, a Nasa, será possível observar o satélite natural da Terra 17% maior e 30% mais brilhante do que o normal.

De acordo o professor Cássio Barbosa, astrofísico da FEI, uma Superlua ocorre quando, simultaneamente, a Lua atinge sua fase cheia e o perigeu, ponto que em que ela está mais próxima da Terra. “Por conta da forma elíptica da órbita da Lua ao redor da Terra, há momentos de sua em trajetória que ela está aproxima mais do nosso planeta. No perigeu, o máximo dessa aproximação, a Lua fica a quase 360 mil quilômetros da Terra, enquanto no apogeu, o máximo do afastamento entre os dois corpos, ela fica a aproximadamente 400 mil quilômetros”, conta o docente.

No entanto, aponta o astrofísico FEIano, não é raro a Lua alcançar tanto o perigeu quanto o apogeu. “Esses dois pontos são atingidos a cada 28 dias, o tempo do ciclo lunar. Da mesma forma que ocorre a Superlua na fase cheia durante o perigeu, há a Microlua, a Lua cheia durante o apogeu. A próxima Microlua, por exemplo, ocorre no próximo dia 13 de julho”, explica Cássio.

Fenômeno está sendo chamado de Superlua de Morango

A primeira Superlua de 2022 tem sido chamada de “Superlua de Morango” pelos cientistas da Nasa, mas, conforme esclarece o professor da FEI, o nome não tem qualquer relação com a cor ou formato da fruta da família das rosáceas. “Dependendo da época do ano, as Superluas ganham nomes da produção agrícola do momento. Lembrando que as fases da Lua foram e são para os povos tradicionais norte-americanos indicadores dos melhores momentos para plantar e colher”, afirma.

Além da curiosidade sobre o nome, o docente ressalta que para os interessados em observar o fenômeno não é necessário equipamentos especiais. “Se as condições atmosféricas forem favoráveis, com um céu sem nuvens ou neblina a partir do fim da tarde, será possível acompanhar. Equipamentos simples como telescópios e binóculos são úteis”, finaliza Cássio.