As corridas de Fórmula 1 voltaram a ganhar a atenção da mídia nacional. O caso mais recente voltou-se para o acidente envolvendo o piloto Mick Schumacher, durante uma corrida que aconteceu no último dia 29, em Mônaco. Felizmente o piloto saiu ileso do acidente, diferente do carro que, com o impacto, ficou totalmente destruído. Para falar no tema com mais profundidade, a redação do portal Money Times, conversou com o professor Rafael Serralvo, do curso de Engenharia mecânica da FEI, para compor a reportagem especial.
Em entrevista, o especialista destacou os prejuízos gerados no equipamento. De acordo com o professor, 80% do custo desses modelos está atrelado a unidade de potência, ou seja, o motor, que envolve dois tipos diferentes de propulsão, a combustão e elétrica. Apesar da discrepância nos custos de produção, uma parte das tecnologias desenvolvidas para os veículos de corrida é utilizada posteriormente em veículos comuns. Um bom exemplo disso, são as aplicações tecnológicas presentes nos novos carros elétricos lançados no mercado.
“Atualmente, os carros de F1 contam com um sistema de recuperação de energia através das partes móveis do sistema de turbo compressor, da mesma forma que um motor elétrico é utilizado para diminuir o tempo de resposta do turbo, melhorando as retomadas”, explicou.
Fórmula FEI
Além de ser professor do curso de Engenharia Mecânica, o professor Rafael Serralvo também é coordenador do projeto Fórmula FEI, liderando a categoria do modelo à combustão. Utilizando de toda tecnologia e suporte técnico presente nos laboratórios da FEI, os alunos são desafiados constantemente a inovar neste projeto, sendo na fabricação de materiais mais leves e resistentes, ou desenvolvendo sistemas econômicos de combustão, até pensando em sistemas eficientes de aerodinâmicas.
Todo o conhecimento aplicado no projeto é testado em competições Fórmula SAE BRASIL, uma competição existe há mais de vinte anos nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em 2004. Mais do que o prêmio de melhor projeto Fórmula SAE, almejado por todas equipes, a competição é uma oportunidade de crescimento, pois, os estudantes os alunos que se desatacarem, ganham visibilidade e podem acabar contratados pelas grandes montadoras que apoiam a competição.
Historicamente, a equipe Fórmula FEI é Heptacampeã Nacional na Categoria Combustão, com títulos conquistados.