Dada a largada para os eventos astronômicos de 2022, o mês de maio já ficou marcado com dois eclipses, chamando a atenção de cientistas e curiosos no assunto. Mas na última semana, um outro tema também ganhou a atenção da grande imprensa: os estudos sobre buracos negros.
Recentemente, uma equipe internacional de cientistas conseguiu capturar pela primeira vez a imagem real do Sagitário A* (lê-se Sagitário A, estrela), um buraco negro supermassivo que está localizado no centro da nossa Via Láctea. Para entender mais sobre a pauta, o portal G1 entrevistou o professor Cássio Barbosa, astrofísico da FEI. Afinal, o que a ciência sabe sobre estes fenômenos?
Confira abaixo a apuração realizada pelo G1 e os depoimentos do professor Cássio em entrevista.
O que é um buraco negro?
De acordo com a reportagem publicada no G1, um buraco negro é uma espécie de abismo cósmico que suga para si tudo o que se aproxima - a uma determinada distância - dele. Nem mesmo a luz escapa de ser atraída por esses objetos. Por isso que os buracos negros são, de fato, negros. E isso acontece porque a atração gravitacional desses corpos é extremamente forte.
O buraco negro é mesmo um buraco?
De acordo com o professor Cássio Barbosa, astrofísico da FEI, não. O buraco negro não é um buraco. O termo usado se refere ao fato de que tudo que é atraído pela força da gravidade para um buraco negro fica preso “dentro” dele e parece desaparecer, tal como num buraco."[Nos buracos negros] temos uma situação que nem a luz escapa. Então, a matéria vai ser atraída e vai cair como se estivesse caindo num buraco, numa caçapa. Por isso, esse nome buraco foi dado metaforicamente", explicou o professor da FEI.
O que é o Sagittarius A* e onde ele está?
De acordo com a apuração do portal G1, o Sgr A* é um buraco negro supermassivo, 4 milhões de vezes mais que o Sol, com um diâmetro ainda maior, cerca de 18 vezes mais que a nossa estrela. Ele está estacionado na constelação de Sagitário, que é visível nos hemisférios norte e sul (a constelação, não o buraco negro). Sua descoberta foi revelada para a comunidade científica pelos astrônomos Bruce Balick e Robert L. Brown, nos anos 1970, inicialmente como uma fonte de rádio brilhante no centro da Via Láctea.
"Na maior parte do tempo, esse buraco negro não está ativo. Por isso, a gente não tem como tirar alguma conclusão a respeito dele, porque ele simplesmente não está mandando informações", acrescenta o astrofísico da FEI, Cássio Barbosa.
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