A gasolina aditivada é considerada a “queridinha” para os motoristas que buscam melhorar a vida útil do carro. Dentre as vantagens oferecidas no mercado, a opção destaca-se por incluir componentes diferenciados dos demais combustíveis e que prometem benefícios aos motores dos veículos. Para ajudar a entender quais são essas vantagens, o professor Ronaldo Gonçalves dos Santos, do Departamento de Engenharia Química da FEI, foi consultado como fonte exclusiva para reportagem na Revista AutoEsporte, publicada no último dia 31 de agosto.
De acordo com o especialista, a primeira vantagem é que a gasolina aditivada é composta por aditivos como detergentes, que removem a sujeira que fica ‘presa’ nas paredes do tanque, além dos dispersantes, que são responsáveis por expulsar os resíduos para fora do motor no momento em que ocorre a combustão. “Tudo isso prolonga a vida útil do motor, evita danos a ele, dá mais qualidade de vida ao produto, melhora a lubrificação, economiza combustível e aumenta o desempenho do carro. Além disso, a combustão mais eficiente emite menos poluentes, logo, ela tem um impacto ambiental menor do que a gasolina comum”, explicou o professor da FEI.
O especialista apontou, ainda, que é comum que os motoristas queiram sempre abastecer os tanques convencionais com a gasolina premium, que tem melhor performance, desempenho e eficiência de combustão. No entanto, o professor da FEI alerta que a gasolina premium pode ser vantajosa apenas para carros de alto desempenho. O ideal, segundo ele, é sempre abastecer os carros do dia a dia com a gasolina aditivada.
“A octanagem da gasolina aditivada tem um RON de 92, enquanto a premium tem um de 97. Isso significa que a premium tem melhor performance, mas não dá para colocá-la nos motores que não são de alto desempenho. Até dá para usá-la, mas não se percebe nenhuma mudança. Quanto maior o RON, maior a possibilidade de fazer a combustão sem forçar o motor. E quanto mais se comprime, mais faísca é produzida para gerar ignição e ter maior desempenho. Os motores convencionais não estão preparados para trabalhar com pressão tão alta”, explicou para a reportagem.
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