Encher o tanque do carro está ficando cada vez mais caro para o bolso dos consumidores. De acordo com o levantamento mais recente divulgado pela ANP (Associação Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o litro da gasolina comum já está sendo encontrado no valor de R$ 7 reais ou até mais em alguns postos pelo País. O tema virou notícia para o Jornal Agora São Paulo e, para trazer dicas de economia, a reportagem consultou o professor Rafael Serralvo, do Departamento de Engenharia Mecânica da FEI, como fonte.
Dentre as principais dicas do professor para economizar o consumo de combustível, destacam-se os cuidados com a manutenção do veículo. “A pessoa precisa ser rigorosa. No manual do veículo tem um plano de revisões. Tem peças que precisam ser trocadas a cada 5 ou 10 mil quilômetros rodados”, explicou. O professor frisou, ainda, que as peças ligadas à ignição, como a vela e a bobina, por exemplo, “requerem atenção especial. Isso porque a gasolina faz a carbonização delas e de outros componentes que, com o tempo, podem estragar e comprometer todo o motor”.
Outra dica trazida na reportagem é investir em combustíveis de boa qualidade. Por isso, é essencial que os motoristas procurem sempre abastecer em postos com certificação e de confiança. Caso aconteça alguma emergência e o consumidor precise abastecer em um local não tão conhecido, a orientação é colocar apenas a quantidade necessária para chegar até o revendedor de confiança. Outro ponto essencial é a checagem constante dos pneus. Se estiverem murchos, o gasto com certeza será maior. O professor da FEI explica que o ideal é checar a pressão dos pneus pelo menos uma vez na semana, seguindo as diretrizes de fábrica do veículo.
A maneira como o motorista dirige é outro fator que pode influenciar ou não no gasto de combustível. Rafael Serralvo destaca que andar com o carro em rotações muito altas pode aumentar o consumo tanto para quem abastece com gasolina como também etanol. Portanto, é essencial respeitar as trocas de marcha. “Os carros automáticos sempre trabalham com um consumo mais baixo. Algumas gerações mais novas de veículos têm até oito marchas justamente para gastar a menor quantidade possível de combustível”, explicou o professor.
Nos dias mais quentes, também é preciso estar atento ao uso do ar-condicionado. Quando ligado, é ativado um compressor que consome mais energia do motor do carro e amplia o consumo do combustível. O gasto pode ser ainda maior no trânsito das cidades. “Na estrada, o prejuízo é menor, pois não tem o ‘anda e para’ ou o trânsito totalmente parado das cidades”, reforçou o professor da FEI.
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