No último domingo (11), o primeiro voo da empresa Virgin Galatic, chamou a atenção da imprensa e também de curiosos, ao realizar a primeira expedição levando turistas ao espaço. A viagem totalizou uma duração de 90 minutos e teve a tripulação composta por funcionários da companhia e pelo seu fundador, o bilionário Richard Branson. Convidado para uma entrevista ao vivo na CNN Brasil, o professor Cássio Barbosa, astrofísico da FEI, trouxe análises sobre as diferenças entre o voo realizado no último domingo e dos lançamentos já realizados anteriormente com o Space X, do Elon Musk.
“O que difere dos lançamentos anteriores do Elon Musk é que esse lançamento de agora é de um nicho de turismo espacial. Atualmente, o Space X é direcionado para o ramo comercial, de órbita baixa, para alugar ou ser contratado pela NASA, ou outras empresas particulares, para colocar satélites em órbita. Isso exige uma logística diferente. A órbita é maior, precisa alcançar 600 km e o nicho do turismo espacial não deve chegar tão alto. A NASA considera 80 a 90 km de altura o limite da atmosfera, mas existe uma convenção internacional, uma lei de uso, que é um limite de 100 km de altitude. Então, essa marca da atmosfera vai ultrapassar os limites padrões da NASA, mas não os padrões internacionais. Ou seja, são valores muito mais baixos do que essa expedição do Elon Musk. Mas de qualquer maneira, é a brincadeira de ir bem alto e experimentar, durante alguns minutos, essa sensação de gravidade zero, de peso zero e flutuar como um astronauta”, explicou o professor da FEI.
Ainda de acordo com o astrofísico, a expedição realizada neste último domingo foi mais perigosa, por envolver mais etapas no processo. "Evolveu mais riscos do que a concorrência da Blue Origin, por exemplo, porque possui mais estágios, então, crescem as chances de algum problema acontecer”, afirmou.
Para conferir a entrevista completa, basta acessar o vídeo da CNN Brasil.