A criação da tecnologia que temos a nossa disposição hoje é fruto do trabalho de muitos cientistas, mas o que pouca gente sabe é que essa história começou a ser escrita por uma mulher. Há quase 200 anos, em meados do século XIX, nascia a ‘mãe da programação’, Ada Lovelace, a matemática que ficou conhecida como a primeira programadora da história. Mas ainda que a criação na tecnologia tenha começado a ser escrita por uma mulher, neste dia 19 de outubro, em comemoramos o dia do profissional da Ciência da Computação e da TI (Tecnologia da Informação), o público feminino ainda é minoria neste mercado, mas possui uma ótima perspectiva de crescimento.
A necessidade de se ter mais mulheres na Ciência da Computação e na área de TI não é só uma discussão sobre equidade de gênero, mas também econômica. De acordo com dados divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o número de cursos na área da computação teve um crescimento de 586% nos últimos 24 anos. E destes, o porcentual de mulheres matriculadas representam apenas 15,5%. No mercado de trabalho elas representam 17% das programadoras.
Na FEI, há um grupo de mulheres titulado ‘FEIanas SciTech’ que apoia e incentiva outras mulheres na tecnologia. A iniciativa, que começou em 2018, veio do professor Guilherme Wachs. Hoje, este grupo é liderado pela professora Carla Andrea Soares de Araujo, da área de Ciências Sociais e Jurídicas da FEI, e vem ganhando força com as redes sociais. “Com ele, nosso objetivo é trazer mais união, apoio e incentivo para que as mulheres permaneçam na área e parem de acreditar que não são capazes. A Ciência da Computação não é uma profissão só para homens, mas sim para todas as pessoas que sejam apaixonadas por tecnologia” ressalta Stela Fernandes, aluna do terceiro ano de graduação do mesmo curso na FEI.
Em paralelo, o mercado segue em alta. A professora Aline Faria, que dá aula de administração na FEI, ressalta os potenciais que o conhecimento em tecnologia pode gerar para a carreira. Mesmo pertencendo à outra área, ela destaca os diferenciais que o conhecimento na tecnologia pode trazer para que mais alunas engrenem na profissão. “Na minha própria formação, percebi que o domínio em tecnologias era um diferencial importante. Busquei aprender programação em Python por conta própria e isso alavancou a minha carreira”, explica.
Assim que passar a pandemia, a aluna Stela também conta que o grupo ainda planeja organizar workshops e palestras com mulheres que também tenham construído carreira na área. E o que antes era direcionado somente à inclusão do público feminino na tecnologia, também já começa a ganhar força para atrair mulheres de outros cursos. “Nós precisamos oferecer mais apoio umas às outras. Por isso, queremos que mais mulheres da FEI também comecem a participar, incluindo as que estiverem presentes nos cursos de engenharia e administração”, destaca.
Confira também um vídeo especial preparado pela FEIana Stela Fernandes para você, mulher, que quer conhecer mais sobre o 'FEIanas SciTech'
Assista Aqui