Sua trajetória na FEI iniciou em 2013, quando ingressou nos estudos para Mestrado em Engenharia Elétrica. Aluno dedicado, desde a graduação, já tinha mais proximidade com os temas ligados à micro e nanoeletrônica. Obtendo o título de mestre, em 2015 emendou os estudos para o doutorado na FEI, aprofundando, ainda mais, na área da Engenharia Elétrica. Sob orientação do Prof. Dr. Salvador Pinillos Gimenez, apresentou sua pesquisa voltada para soluções envolvendo áreas da engenharia nuclear, aplicações de radioisótopos e instrumentação para medida de controle de radiação. Já em 2024, passando por um processo seletivo que durou um ano, o FEIano Vinícius Vono Peruzzi, teve então a grande conquista do 1º lugar no concurso do CTI Renato Archer (Centro de Tecnologia da Informação), unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Governo Federal.
Hoje, nomeado como pesquisador associado, com especialidade em tecnologias habilitadoras para a área de micro e nanoeletrônica, Vinícius Vono Peruzzi conta que iniciou suas atividades no CTI em 6 de março deste ano. Na unidade de pesquisa, o FEIano atua diretamente na área de qualificação de circuitos eletrônicos, voltados para a leitura de dados digitais e/ou analógicos. O engenheiro explicou, ainda, que, dentro deste contexto é possível projetar um circuito e simulações de dispositivos que possam ser viáveis para fabricação.
“Esses dispositivos podem ser aplicados, por exemplo, em satélites. Imagine que esse equipamento deva ser instalado em um satélite que ficará na órbita da Terra, passando por diversas camadas de radiação e eu preciso garantir que ele funcione 5 ou 10 anos. Outro exemplo de aplicação seria em aviões comerciais militares. Para que o funcionamento seja garantido, eu preciso realizar uma série de testes, e é nesse processo que envolve a qualificação destes dispositivos”, afirmou o pesquisador.
Sobre a sua trajetória profissional, Vinícius contou também que antes mesmo de ingressar na carreira de pesquisador, ele também passou por experiência de atuação em empresas, como trainee. “Comecei a atuar nessa vaga, mas no mesmo ano eu percebi que não era bem aquilo que queria. Foi então que me engajei com o mestrado e, na sequência, investi no doutorado”.
De FEIano para FEIano
Durante a entrevista com o FEIano e hoje pesquisador do CTI, Vinícius Vono Peruzzi, perguntamos qual mensagem ele deixaria para quem também pensa em ingressar na pós-graduação, com mestrado e doutorado. Na resposta, o Engenheiro foi direto: “Pode parecer clichê, mas é preciso gostar e se dedicar muito aos estudos. Não é algo para se fazer ‘só de vez em quando’, pois não funciona assim. É evidente que os conteúdos das aulas são muito importantes, mas é preciso ter uma atenção especial também para a leitura de artigos e livros, pois eles ajudam, e muito, no entendimento e contextualização das novas tecnologias e suas aplicações em outras áreas. Com isso, você vai somando mais conhecimento, mais repertório e isso é algo que ninguém vai poder tirar de você. É muito satisfatório poder ver a sua evolução e o quanto podemos contribuir para aa sociedade, cientificamente falando”, afirmou.