O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica do Centro Universitário FEI (PPGEE) completa 20 anos em 2025, consolidado como referência nacional na formação de mestres e doutores voltados tanto para a carreira acadêmica quanto para o setor produtivo. Desde sua criação, o curso se destacou por unir pesquisa científica às demandas industriais, especialmente nas áreas de Microeletrônica e Automação.
Segundo o coordenador do programa, professor Carlos Eduardo Thomaz, desde o início a missão é formar profissionais capazes de transformar tanto a academia quanto o setor produtivo por meio da pesquisa científica. Um exemplo desse impacto é o projeto de Nanoeletrônica e Circuitos Integrados, que recebeu o mais alto reconhecimento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) com a bolsa de Produtividade em Pesquisa nível A. “Esse resultado mostra que a FEI está preparada para avançar na fronteira do conhecimento e que nossos pesquisadores têm capacidade de competir em nível nacional, com contribuições que fortalecem não só a ciência, mas também a inovação no país”, afirma.
Ao longo de sua trajetória, o PPGEE expandiu suas linhas de pesquisa, estrutura e impacto acadêmico. Se em 2005 o programa contava com apenas 20 alunos, duas áreas de pesquisa e dois laboratórios, hoje reúne 85 estudantes de mestrado e doutorado, distribuídos em três áreas de concentração e apoiados por 14 laboratórios de qualidade, com mais de 1.300 citações no Google Scholar e sete docentes bolsistas de produtividade do CNPq. Essa evolução reflete a integração crescente entre graduação e pós-graduação, com iniciativas como o Doutorado Direto e o programa G+.
Os avanços em processamento computacional, digitalização, tecnologia assistiva e energia abriram caminhos inéditos para a inovação. O maior salto, no entanto, foi o da Inteligência Artificial (IA), que nos últimos 10 anos se desenvolveu de forma significativa graças ao poder de processamento e à abundância de dados. Questões que antes pareciam distantes, como energia renovável, redes inteligentes e eletrificação de veículos, hoje já fazem parte do escopo de pesquisa dos alunos e docentes do programa.
Nos próximos 20 anos, o coordenador acredita que os maiores desafios estarão na interface entre tecnologia e ser humano. “Falamos muito de IA, mas pouco sabemos ainda sobre a Inteligência Humana. O futuro da Engenharia Elétrica deve caminhar para dispositivos e modelos cada vez mais precisos, vestíveis, não invasivos e assistivos, que nos ajudem a entender melhor a saúde e o funcionamento do cérebro humano”, afirma o professor.
Para isso, a FEI investe em pesquisas que exploram desde dispositivos eletrônicos de baixo consumo energético até algoritmos inteligentes de automação e robótica, reforçando seu papel como formadora de conhecimento aplicado às grandes transformações da sociedade. O professor também projeta o que pode estar no horizonte até 2045: “Quem sabe teremos até disciplinas chamadas Circuitos Elétricos Humanos I e II. Esse olhar visionário reflete não apenas os 20 anos de conquistas, mas também o compromisso da FEI em antecipar os próximos desafios da Engenharia Elétrica.”