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Engenheiro Mecânico formado pela FEI recebe prêmio por excelência em Inovação da multinacional BorgWarner, nos Estados Unidos

Engenheiro Mecânico formado pela FEI recebe prêmio por excelência em Inovação da multinacional BorgWarner, nos Estados Unidos


  15/07/2025

Exemplo de sucesso profissional com carreira internacional, aos 41 anos, Marcos Servilla foi nomeado como Gerente de Engenharia de Manufatura; Prêmio foi entregue pessoalmente pelo CEO da empresa, em Michigan

Tudo começou em 2002, quando ainda tinha 17 anos. Já era fã de matemática, desenho técnico e apreciava a área de exatas. Com o incentivo da família, não pensou duas vezes para prestar vestibular e conquistou a vaga em Engenharia Mecânica Plena na FEI. Os anos avançaram e depois de atuar no mercado nacional, conseguiu uma oportunidade para exercer a profissão nos Estados Unidos. Atualmente, com 41 anos e nomeado Gerente de Engenharia de Manufatura da BorgWarner, o FEIano Marcos Servilla foi recentemente reconhecido pela empresa, recebendo o prêmio “Innovation Excellence’s Award”, com cerimônia realizada em 3 de junho deste ano, em Michigan – E.U.A. A história e trajetória de sucesso do engenheiro formado pela FEI é mais uma daquelas que orgulham e inspiram as diferentes gerações de estudantes.

Em entrevista para a reportagem, Servilla contou que assim que iniciou os estudos na FEI, nos anos 2000, já precisou conciliar a graduação com o trabalho. Na época, atuava com máquinas fresadoras, tornos, usinagem e moldes de injeção de polímeros na empresa fundada por seu pai. Assim que se formou, em 2008, optou por atuar em outras empresas, tendo passagem pela PST Eletronics e ZF Group. Mas foi no inicio do ano de 2018 que recebeu a primeira proposta de ir atuar no exterior com engenharia de manufatura.

Permaneceu na ZF Group até o ano de 2022 quando, depois de conquistar o visto como residente permanente dos Estados Unidos, foi chamado para atuar na BorgWarner, empresa em que permanece até hoje, localizada em Seneca, Carolina do Sul – E.U.A. Com apenas oito meses de contratação como Engenheiro Sênior, foi promovido a Líder de Engenharia de Manufatura. Pouco depois, somando mais seis meses, conquistou o cargo de Gerente de Engenharia de Manufatura, em que permanece até o momento.

“O mercado no exterior é muito diferente. No Brasil, nós sentimos que o tempo todo precisamos provar o nosso valor de trabalho, pois, a qualquer momento, outra pessoa pode tomar a sua vaga e para ganharmos uma promoção levamos anos de dedicação. Nos Estados Unidos existe um déficit muito grande de engenheiros especializados, ou seja, essa competitividade de mercado é praticamente nula”, explicou na entrevista.

Desafio e solução

Na BorgWarner, empresa global reconhecida pela atuação de soluções em mobilidade, Marcos Servilla contou que trabalha no desenvolvimento de módulos e linhas de baterias. Em apenas dez meses, juntamente com sua equipe formada por quatorze colaboradores, desenvolveu e implementou um processo novo e mais eficiente para montagem de módulos e sistemas de bateria que conta com alto nível de controle na qualidade da produção das peças automotivas. “Foi o desenvolvimento e lançamento dessas novas linhas que me rendeu o reconhecimento do prêmio em junho desse ano”, afirmou.

Coincidências da Profissão

Além do desafio do projeto em mãos, Servilla também precisou montar e organizar a sua equipe com o trabalho em andamento. Força do acaso ou não, na época de avaliação de currículos um nome chamou a sua atenção: Fernando Leitole. Ao identificar que o nome era brasileiro, o engenheiro teve mais uma surpresa. Fernando também era formado na FEI, porém, na área de Engenharia Elétrica. De FEIano para FEIano, Marcos Servilla contratou Fernando que, hoje, atua como seu braço direito na equipe.

Mensagem para a geração atual

Durante a entrevista, o Engenheiro Mecânico deixou uma mensagem especial para as gerações atuais de estudantes FEIanos(as). “Na minha época como universitário, peguei várias ‘DP’s’ (Dependência Escolar ou reprovação em disciplinas). A FEI sempre teve a fama de ser fácil para ingressar e difícil para formar. Mas acredito que é justamente isso que mantém a sua excelência na formação profissional. Enfrentei muitas dificuldades nos estudos, mas a FEI me preparou para os problemas reais que enfrento e já enfrentei no mercado. Foi graças a esses ‘perrengues’ que amadureci e consegui me preparar para conquistar tudo o que tenho hoje. O esforço e a dedicação são primordiais para colhermos os frutos no final. Para quem está passando por isso agora, minha dica é que tenha paciência e mantenha o foco, pois vale a pena”, afirmou.

Dicas para Construir Carreira no Exterior

Para os estudantes que já pensam em atuar no exterior, minha dica é: aprofunde os estudos no inglês. O domínio da linguagem é primordial. Se você conseguir ingressar em uma multinacional, por exemplo, provavelmente terá contato com interfaces de outras plantas ao redor do mundo e isso abre portas. Se você não tiver atenção e cuidado com o inglês, acaba ficando para trás. Outro ponto essencial é que, conseguindo essa oportunidade, que você se esforce realmente e mostre o valor do seu trabalho. Isso te ajudará a ser notado(a) e, a depender, poderá ter indicação para futuras promoções ou vagas para atuação em outras áreas”, finalizou.