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Semana do Automóvel: Conheça alguns dos projetos históricos que marcaram o desenvolvimento automobilístico da FEI

Semana do Automóvel: Conheça alguns dos projetos históricos que marcaram o desenvolvimento automobilístico da FEI


  16/05/2024

Na última segunda-feira (13), o Brasil comemorou o Dia Nacional do Automóvel. A data, criada no ano de 1901, marcou o acontecimento da primeira corrida de automóveis do País. O evento simbolizou não só o início do uso dos carros, mas também abriu portas para uma série de inovações e tecnologias que surgiriam nos anos seguintes.

E aproveitando que hoje, quinta-feira, temos o famoso “TBT – Throwback Thursday” (gíria popular que significa quinta-feira da nostalgia), aproveitamos para relembrar alguns dos projetos históricos, criados por professores e alunos da FEI, que inovaram o automobilismo na instituição.

Conheça a seguir alguns deles:

FEI X-1

O primeiro protótipo criado pelo DEPV (Departamento de Estudos e Pesquisas de Veículos), em 1968, foi construído em madeira e pesava apenas 380kg. O FEI X-1, um veículo anfíbio de quatro rodas e propulsão aerodinâmica para andar sobre rodas e colchão de ar. Ele foi projetado pelo professor Rigoberto Soler e seus alunos, que passaram 60 dias totalmente envolvidos com o veículo, a ser apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo.

FEI X-2

O FEI-X 2 ou MEC (Máquina de Efeito de Chão), era um hovercraft que representaria uma revolução nos meios convencionais de transporte. Também projetado em 1968 e conhecido como “carro sem rodas”. Os alunos do professor Rigoberto Soler se encantaram com o protótipo que, como curiosidade, foi produzido com materiais como fundos e portas de armários, pregos e cola, que sobraram das mudanças nas instalações da FEI, que aconteciam na época.

FEI X-3

O projeto já estava sendo desenvolvido na mesma época em que o FEI X-2 foi criado, o FEI X-3 foi apresentado no Salão do Automóvel de 1970 e chamou atenção até do presidente da República. Era um veículo GT (Gran Turrismo) e de construção clássica e inicialmente seu nome era Lavínia em homenagem a esposa do prefeito Lauro Gomes, que cedeu a área onde foi construído o campus da FEI.

TALAV-1

O TALAV-1 (Trem Aerodinâmico Leve de Alta Velocidade), desenvolvido para estudar a propulsão aerodinâmica, o projeto já existia e foi patrocinado pela revista Quatro Rodas. Teve também o apoio financeiro do Governo Federal e financiado pelo FUNAT, em 1972. O TALAV-1, foi projetado para andar sobre trilhos e inicialmente com capacidade para 4 passageiros.

FEI X-9

No final de 1972 o DEPV era constantemente procurado por empresas que queriam participar de alguma forma dos projetos, dessa forma, o professor Soler decidiu que um Formula 1 seria construído no País. O FEI X-9 previa chassi e peças de suspensão em alumínio, ele tinha aerofólio em delta e radiadores na horizontal e foi apresentado como um Fórmula super Vê.

FEI X-10

A primeira versão, iniciada em 1977, utilizava um motor de cortador de grama com embreagem centrífuga, todos os comandos eram fixados no guidão, foi definido a partir de simulações aerodinâmicas por computador. Mais de 15 pessoas participaram do projeto.

FEI X-11

O FEI X-11 foi a evolução do modelo anterior, contando com rodas totalmente carenadas e um sistema eletrônico de gerenciamento do motor. A grande motivação para a construção de mais um veículo desta categoria foi despertar nos alunos interesse em projetar novos carros para que no futuro existisse um número mínimo de equipes para organizar uma prova universitária nacional, a exemplo da competição Mini Baja.

FEI X-12

O terceiro veículo dessa geração foi desenvolvido no ano de 2002, em apenas quatro meses de trabalho e foi uma das grandes atrações do Salão do Automóvel daquele ano. A diferença básica em relação aos modelos anteriores era sua carroceria totalmente estrutural, dispensando, portanto, o uso de um chassi. Suas rodas orbitais foram motivo de extravagância.

FEI X-13

As rodas orbitais do FEI X-12, apresentou desgaste excessivo e foram substituídas por rodas raiadas, esta mudança, acompanhada de algumas alterações na carenagem, deu origem ao X-13. As carrocerias dos três modelos, DO FEI X-10 ao 13, foram moldadas pela Chamonix. Mais um carro visando quebrar recordes foi criado em 2004, sob patrocínio da Dana.

FEI X-14

O FEI X-14, valendo-se de uma carroceria de fibra de vidro com baixíssimo CX e um motor VW 1.0 turbo preparado para desenvolver 250 cv, a equipe da FEI almejava alcançar 300 km/h, quebrando o recorde brasileiro de velocidade, conquistado pelo DKW Carcará em 1966 e jamais superado.

FEI X-15

Batizado de Colibri, devido à carroceria super aerodinâmica inspirada em um beija-flor, este é o quinto protótipo da série de carros supereconômicos. O veículo roda 121 km/litro de gasolina. Para atingir a meta, o carro utilizava um dispositivo automático que liga e desliga o motor a uma determinada velocidade. Assim, quando o Colibri atinge 45 km/h, o motor desliga e volta a ligar aos 15 km/h.

FEI X-16 e 17

Para 2006 foram construídos mais dois super-milleage, com a mesma carroceria de fibra de carbono e 0,05 Cx: X-16, pesando apenas 33 kg, a gasolina (50 cm3 e 1,5 cv) e X-17, elétrico; com o último a FEI venceu a 3ª Maratona de Eficiência Energética, realizada no campo de provas da GM, em Indaiatuba (SP), na categoria veículos elétricos, com o consumo de 135 Wh (o segundo colocado alcançou 107 Wh).

FEI X-18

O FEI X-18 foi a última evolução dos 'Mileages', do Desafio Shell de Alta Eficiência. Conta com a mesma motorização do X16 e aerodinâmica revisada, pesando menos de 200kg, elementos que o tornam extremamente competitivo."

FEI X-19

Mais outro carro elétrico foi montado em 2006, o X-19, desta vez um Chevrolet Astra transformado; consistia de um motor elétrico Siemens de aplicação industrial (potência equivalente a 30 cv), 24 baterias em série e um moto-gerador (400 cm3 e 13 cv) para alimentar as baterias, em alternativa à rede elétrica local; o carro manteve a caixa de mudanças de cinco velocidades do Astra e, na carroceria, recebeu os faróis do Vectra, um teto de vidro, teve eliminada a grade e elevada a linha da cintura.

FEI X-20

O “experimental” seguinte da FEI buscou caminhos diversos: enorme roadster de linhas futuristas com motor V8 de sete litros e 550 cv, o X-20 foi um laboratório para o desenvolvimento de sistema de guiamento ótico, onde o piloto só é solicitado a acelerar e frear (o funcionamento é o seguinte: a pista é delimitada por duas faixas brancas; uma câmera capta a imagem das faixas 30 vezes por segundo, enviando-a para um computador, que calcula a posição central da pista e “dirige” o automóvel para lá). O carro tinha carroceria de fibra de vidro, chassi tubular de alumínio com motor entre eixos, suspensão independente (duplo A e molas helicoidais) e freios a disco, ventilados nas quatro rodas.

Durante todos esses anos, muitos outros projetos foram desenvolvidos pela FEI, como triciclo para entregas rápidas, VRaptor, Pégasus, Miriella, Merlin, Gênesis, Prisma e outros vários projetos que foram exibidos na EXPO MecAut, que se originou em 1980, como resultado da reconstrução conceitual do curso de Engenharia Automobilística da FEI.