Capacitação profissional, aplicações de boas práticas e metodologias de ensino entraram em pauta no workshop “Novas formas de ensino de Engenharia, Ciência e Tecnologia”, realizado na última quarta-feira (8), pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Avenida Paulista. Representando a FEI (Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros), o Reitor, Prof. Dr. Vagner Bernal Barbeta, esteve presente como um dos porta-vozes convidados.
O encontro reuniu mais de 80 representantes de instituições do sistema público de ciência e tecnologia, membros da academia e empresários para um diálogo sobre a modernização dos cursos de engenharia do Brasil, os principais gargalos na formação dos engenheiros brasileiros e os principais caminhos praticados para a resolução dos problemas atuais para a sociedade e indústria. A abertura do evento foi conduzida pelo Presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação), Luiz Roberto Liza Curi; e na sequência, os diálogos também foram intermediados pelo Presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da FIESP, Pedro Wongtschowski.
Indicado para participar do painel “Como modernizar os cursos mais tradicionais de Engenharia”, o Reitor da FEI, chamou a atenção para o atual cenário mercadológico do setor. “Entendo que quando falamos de cursos tradicionais, incluímos instituições que, há muitas décadas formam pessoas para a sociedade. Ao longo desses anos, as escolas de engenharia mudaram. Eventualmente, não na velocidade demandada por alguns setores do mercado, mas elas têm buscado acompanhar esse processo de evolução”, ressaltou.
Ainda durante o discurso, além de apresentar a instituição e citar a missão da Fundação Educacional Inaciana na formação de seus profissionais, Prof. Vagner também citou três pilares que considera fundamentais para o desenvolvimento do ensino em engenharia. “Nós temos três grandes pilares, que são importantes considerarmos na formação em engenharia e que gostaria de reforçar. O primeiro pilar trata da atração de novos talentos. Vejo que esse trabalho para as áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática deve se iniciar ainda no ensino fundamental e não se limitar às ações com alunos do ensino médio. O segundo pilar trata da retenção. Nós sabemos que o curso de engenharia é um curso demandante e, sejamos sinceros, qualquer curso bem feito, bem construído, traz uma demanda de esforço intelectual. Por isso, precisamos sempre pensar nas melhores formas de retermos esses estudantes para que obtenham um ciclo completo de ensino. O terceiro e último pilar é a empregabilidade de nossos egressos. É por meio da proximidade da academia com o setor produtivo que nós conseguimos ampliar as possibilidades de ensino e formação dos nossos profissionais e a sua colocação no mercado.”, destacou o Reitor da FEI.
Após a fala do Prof. Dr. Vagner, para finalizar os diálogos, o Diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, concluiu valorizando os exemplos de inovação para o ensino em engenharia, destacando os “cases” citados pelo Reitor da FEI e também dos demais convidados. “Neste evento, vimos exemplos excepcionais e experiências de inovação didática em universidades e instituições de ensino público e privado. Com toda essa discussão, concluímos que não basta só criarmos currículos novos, pois isso nós já temos. Mas sim cuidar da qualidade dos engenheiros que nós estamos formando”, afirmou.
