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Estudantes de Engenharia Civil da FEI apresentam soluções para equipes das Secretarias de Habitação e Mobilidade de São Bernardo do Campo

Estudantes de Engenharia Civil da FEI apresentam soluções para equipes das Secretarias de Habitação e Mobilidade de São Bernardo do Campo


  04/04/2024

Além do Secretário Municipal, evento contou também com a presença e participação de dez diretores de ambas secretarias da cidade

Na última terça-feira (26), a FEI – Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros -, recebeu a equipe técnica da Secretaria Municipal de Habitação de São Bernardo do Campo e também da Secretaria de Mobilidade Urbana para discussões sobre projetos conjuntos, promovidos em parceria com o Curso de Engenharia Civil da instituição. Além do Secretário de Habitação, João Habukater, participaram outros 10 diretores convidados de ambas as secretarias. Ao todo, 52 pessoas participaram do encontro.

A agenda, organizada no campus da FEI em São Bernardo do Campo, destacou apresentações realizadas pelos estudantes de diversos ciclos do curso de Engenharia Civil, que abordaram soluções para problemas estruturais da Comunidade do Cafezal, localizada no Montanhão. Durante a formalização da parceria, a região foi selecionada pela equipe técnica da Prefeitura, para que os alunos pudessem auxiliar na resolução de problemas como descarte irregular de lixo, saneamento, pavimentação, poluição, dificuldades de mobilidade e contenção de deslizamento de terra, por exemplo.

Em entrevista, o Secretário Municipal de Habitação, João Habukater, falou sobre a importância da aproximação da academia com o poder público. “É fundamental que os estudantes tenham o contato com a realidade exterior, para trabalharem em benefício da nossa sociedade. A FEI é um ícone da nossa educação, especialmente na área tecnológica no País, e nós temos o privilégio de tê-la com um Campus instalado em nossa cidade. Por parte da Secretaria, temos nos empenhado bastante para fortalecer essa integração e assim todos os lados ganham. Posso afirmar que as ideias e o ânimo adquiridos durante os estudos são muito importantes para nos auxiliarem nos direcionamentos da vida pública e nas diretrizes urbanísticas da nossa cidade”, explicou.

Na mesma linha, o Prof. Dr. Bruno Higaki, Coordenador do Curso de Engenharia Civil da FEI, complementou falando sobre o enriquecimento agregado à formação dos estudantes da FEI. “Nossa intenção aqui é formar não só engenheiros civis de qualidade para o mercado, mas trabalhar também o lado humano, para que tenham essa consciência social, para desenvolverem projetos que realmente tragam impactos positivos e de melhorias para a nossa sociedade. Nossa aproximação com o poder público nos abriu essa porta para o desenvolvimento de trabalhos extensionistas. Desta forma, os alunos podem desenvolver e apresentar as suas soluções pensadas e, ao mesmo tempo, ter o feedback do que o poder público está demandando, quais são as dificuldades de implementação, os processos. Ou seja, são novas competências que conseguimos agregar para o desenvolvimento dos nossos estudantes” afirmou.

No total, os estudantes apresentaram 10 projetos, elaborados por grupos de diferentes ciclos do curso. Ambos integram as diferentes fases da disciplina PITI (Projeto Interdisciplinar Tutorado de Inovação), liderada pelos professores Bruno Higaki, Kurt Amann e Fernando Ribeiro. Nela, os alunos são envolvidos para desenvolverem soluções de problemáticas baseadas em três pilares: mobilidade, habitação e construção civil.

No caso da parceria com a Prefeitura de São Bernardo do Campo, o professor Kurt Amann explicou que o convênio com a FEI foi estruturado há alguns anos, com o objetivo de expandir a interação com o poder público. “Junto à AGFEI (Agência FEI de Inovação), amadurecemos essa parceria com projetos voltados para a mobilidade, habitação e construção civil. Agora, nós estamos em seleção destes projetos para que possamos aprofundar e aplicar mais tempo. No futuro, terminando os PITIs 5 e 6, nossos alunos já entram nos ciclos finais do curso, ou seja, existe a possibilidade de esses projetos se tornarem futuros TCCs”, destacou.

Entre os temas de estudo apresentados pelos estudantes, destacaram-se: construção de ciclovias na região, proposta para a implementação de bondinho, áreas de lazer para o Montanhão, Biblioteca Delivery, criação de Centros Comunitários e soluções para a coleta de lixo. Para conhecerem melhor quais seriam as necessidades, os alunos da Engenharia Civil estiveram pessoalmente na região, para a realização das pesquisas locais. Isabela Di Ruza, que está no 5º ciclo do curso, partilhou sua experiência. “é uma realidade totalmente diferente da nossa e, como Engenheira Civil que pretendo me formar no futuro, é muito importante que eu e meus colegas tenhamos essa visão para pensarmos em propostas de integração para atendermos melhor as pessoas, enxergar o que elas necessitam, quais são as dores e dificuldades do dia a dia. São problemas de saneamento, lixo descartado a céu aberto, ruas não pavimentadas. Foi muito enriquecedor poder participar dessa experiência”, afirmou.

Nathan Militão, também estudante do 5º ciclo da Engenharia Civil, foi além e explicou que o aprendizado obtido com o projeto é algo que pretende levar para toda a vida. “Foi uma oportunidade de sairmos um pouco da nossa bolha, da nossa realidade, para nos colocarmos no lugar do outro. É um aprendizado que, com certeza, vou levar para a minha vida, como profissional do futuro. Ter um olhar social, não só para enxergarmos a dificuldade do outro, mas também social no sentido de sabermos integrar as áreas, com conhecimentos da Engenharia Civil, da Engenharia Elétrica, Produção e por aí vai”, ressaltou.