A equipe ROBOFEI está em busca de um novo título mundial. Entre os dias 4 e 10 de julho, os alunos da FEI (Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros) representarão o Brasil na RoboCup World Competition que, neste ano, acontecerá em Bordeaux, na França. Nesta etapa, os estudantes enfrentarão, aproximadamente, outras 49 equipes de instituições internacionais, com competições nas categorias de robôs humanoides, small size e At_home.
Na competição, a equipe ROBOFEI enfrentará desafios com atividades domésticas preparadas para as categorias de robôs de serviços – At_home, e partidas de futebol, com as categorias de robôs small size e humanoides. Em entrevista, o professor Flávio Tonidandel, Vice-reitor de Extensão de Atividades Comunitárias da FEI e Coordenador do Curso de Engenharia de Robôs, o único de Ensino Superior disponível no País, contou sobre suas perspectivas para a etapa mundial e o esforço da equipe para representar o País na França.
“A cada ano nós buscamos sempre aprimorar nossas técnicas, equipamentos e estratégias para as competições, nós precisamos mostrar que nós evoluímos com os nossos robôs. Estamos muito mais preparados para esta etapa. Na categoria At_home, nós conseguimos fazer novas tarefas que não conseguíamos antes, no Small Size nós temos novos robôs, programados para fazerem outros tipos de jogadas, passes e chutes diferentes do que nós tínhamos antes. Já na categoria de robôs humanoides, nós percebemos que o robô já está maior, está crescendo e, em uma competição, fazer com que ele fique de pé e mantenha o equilíbrio é muito mais difícil quando comparamos com robôs menores. Toda essa evolução faz parte do empenho da ROBOFEI e mostra que estamos mais preparados para novos desafios”, explicou o Vice-reitor da FEI.
A equipe ROBOFEI, que já é reconhecida mundialmente pela conquista do título de campeã da RoboCup de 2022, que aconteceu na Tailândia, neste ano, enfrentará uma série de novos desafios. Na lista, estão as tarefas que deverão ser executadas pela Robô Hera, da categoria At_Home. Na RoboCup 2023, os robôs de serviços precisarão auxiliar uma pessoa no preparo de uma receita. Durante a tarefa, a robô poderá ajudar a pegar/recolher objetos na cozinha, auxiliar na escolha dos ingredientes, pesquisar a receita na internet, interagir com a pessoa presente no local e, a cada tarefa executada, será realizada uma somatória de pontuações.
Flora Aidar, aluna do Curso de Engenharia de Robôs e membro da equipe ROBOFEI, explicou que sempre que o grupo participa das competições internacionais, a Robô Hera costuma chamar a atenção pelo fato de se 100% construída e projetada pela equipe. “Muitos dos robôs das outras equipes são comprados, então eles são fáceis de montar ou já chegam montados para a competição. O nosso, como é 100% feito aqui na FEI, pela nossa equipe, nós precisamos montar peça por peça lá. Isso é algo que chama muita atenção dos outros times e nós percebemos que eles ficam realmente impressionados com isso”, afirmou a FEIana.
A cada ano, a organização da RoboCup avalia o desempenho e a evolução das equipes participantes, tornando as tarefas mais complexas e exigindo mais precisão na elaboração das estratégias. São aprendizados e experiências que contribuem para um grande amadurecimento dos alunos, conforme explica o professor Plínio Thomaz Aquino Junior, Coordenador da equipe ROBOFEI na categoria de robôs At_home e Coordenador do Curso de Ciência da Computação da FEI.
“A competição é muito importante, pois sempre aprendemos o que podemos melhorar. Mesmo com a vitória do ano passado, nós reconhecemos os pontos de atenção que podem ser melhorados. Um exemplo disso é a parte mecânica. Nós tivemos algumas falhas na competição de 2022, que foram cruciais para que tivéssemos mais pontuações. Com esse aprendizado, nós implantamos agora um check list para avaliarmos a parte mecânica do robô em cada uma das tarefas executadas”, explicou.
O desenvolvimento da equipe ROBOFEI está diretamente ligada à missão da FEI, o maior polo educacional de robótica inteligente da América Latina, em promover uma sociedade mais desenvolvida, humana e justa, por meio do ensino, pesquisa e extensão. E o protagonismo dos alunos da FEI se sobressalta ainda mais pelo propósito trabalhado dentro do projeto, como ressalta o professor Plínio. “A Hera, nossa robô de serviços, foi inicialmente projetada e permanece com este mesmo objetivo: o de ajudar as pessoas. Seja em tarefas domésticas, no auxílio de pessoas com mobilidade reduzida, idosos e até crianças, nosso objetivo é trabalhar para que esse projeto evolua cada vez mais para auxiliar essas pessoas. Nós acreditamos que a robô Hera tem muita relevância dentro deste contexto”, explicou.
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