Segundo o relatório Estado de Serviços Móveis, divulgado pela App Annie, os brasileiros passaram mais de três horas por dia usando o celular em 2018. Essa média, que continua crescendo, colocou o Brasil em 5º lugar no ranking global de tempo de utilização destes dispositivos. Os dados não surpreendem, já que os smartphones estão cada vez mais acessíveis e completos, permitindo que mais pessoas consigam realizar tarefas e serviços nas palmas de suas mãos. Com a evolução constante da tecnologia, estes aparelhos ainda podem passar por grandes transformações.

A interface de voz para uso de aplicativos, que já é uma realidade, deve evoluir até o ponto em que o consumidor poderá interagir com o smartphone apenas pelo olhar. Além disso, a chegada das redes 5G exigirá aparelhos ainda mais potentes, para que os usuários possam ter a experiência completa desta nova tecnologia.

Por isso, alguns estudos apontam que os smartphones, como conhecemos hoje, serão substituídos por espécies de ajudantes virtuais, como a Alexa ou Google Home. Contudo, utilizar esses dispositivos em locais públicos traz diversas questões de privacidade e segurança que não são tão relevantes quando os utilizamos em ambientes domésticos.

“Vale ressaltar que, para uma pessoa interagir com o mundo virtual, ou mesmo com o mundo preconizado da Internet das Coisas, ainda são necessárias uma tela e alguma interface, o que deve garantir certa longevidade aos smartphones”, afirma Renato Giacomini, coordenador do departamento de Engenharia Elétrica do Centro Universitário FEI.

Como o desenvolvimento de aplicativos tem acompanhado as mudanças e atualizações dos smartphones?

O desenvolvimento evoluiu na questão de ferramentas, bibliotecas e API (Application Program Interfaces) disponíveis para se produzir aplicativos, mas a filosofia se manteve a mesma nesta última década. Os recursos novos no hardware e a maior capacidade de processamento e memória permitem criar aplicativos inovadores, porém, os serviços disruptivos ainda estão para surgir. A tecnologia 5G, a ser adotada no sistema móvel (celulares) trará muitas mudanças significativas. Será muito mais disruptiva que todas as evoluções anteriores.

Neste contexto, Engenheiros e Cientistas são responsáveis pelos alicerces de toda essa nova tecnologia; formarão os profissionais que irão desenvolver as soluções, tanto de software, quanto do uso do hardware; e são fundamentais para a criação dos novos modelos de negócios e a geração de valor. Isto porque esses profissionais não só estão preparados para a construção propriamente dita das novas tecnologias, mas também precisam fazer parte do universo de tomada de decisões para a criação de novos serviços e produtos do mercado.