A digitalização da indústria e a cadeia de manufatura avança de forma assustadora, o que, no caso de países emergentes como o Brasil, o cenário joga luz a dois desafios: o de investimento em infraestrutura e tecnologia e a formação de profissionais qualificados aptos a acompanharem esse crescimento. Este foi um dos temas discutidos no último dia 07 de agosto, em São Paulo, durante evento “Inovação em Foco Siemens Fórum 2019”, promovido pela multinacional, onde o reitor do Centro Universitário FEI, Prof. Dr. Fábio do Prado foi convidado para um dos Fóruns do evento, juntamente com CEOs de multinacionais, para discutir o futuro da cadeia de manufatura.
Junto ao reitor da FEI, compunham a mesa do Fórum o diretor de Engenharia da Solvay - Reinaldo Spitzner, o CEO da Lebov, Rodrigo Gonçalves e o diretor da área de Manufatura da Volkswagen Brasil, Danilo Oliveira Raimundo; todos destacando as ações que vem sendo desenvolvida em suas respectivas empresas em termos de inovação e implantação de sistemas e processos na área da manufatura digital, porém, todos foram uníssono em ressaltar que a falta de profissionais para o setor ainda tem sido um dos principais motivos para a baixa produção.
Atento as palavras dos executivos, o reitor da FEI ressaltou que este tem sido um desafio que o Centro Universitário FEI tem procurado ao longo de sua história vencer, entregando para o mercado e para indústria, profissionais extremamente qualificados e prontos a assumirem o protagonismo das demandas da sociedade e da Indústria. “A FEI é uma Instituição que possui um instinto de aprendizagem, uma cultura de inovação e um currículo inovador, e essas características tem nos permitido ser também aberta ao diálogo, principalmente com a indústria, onde mantemos parcerias que vão desde a instalação de laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, utilizando nossos alunos como os desenvolvedores entre outras colaborações que proporcionem maior disseminação de tecnologias e soluções inovadoras para o setor produtivo”.
Outro ponto destacado pelo reitor para exemplificar o empenho não só da FEI, mas das instituições em se adequar ao novo cenário, foi o empenho dessas IES na revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de graduação em Engenharia, que são normas concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) que orientam o projeto e o planejamento de um curso de graduação, homologadas recentemente pelo MEC.
Segundo o Prof. Fábio, as novas DCNs devem elevar a qualidade do ensino em engenharia no País; permitir maior flexibilidade na estruturação dos cursos de engenharia, de modo a facilitar que as instituições de ensino inovem seus modelos de formação, como por exemplo trabalhar a formação através do desenvolvimento de competências; metodologias inovadoras; indução de políticas institucionais inovadoras; ênfase na gestão do processo de aprendizagem; fortalecimento do relacionamento com diferentes organizações; e valorização da formação do corpo docente. "As novas DCNs possibilitarão novas maneiras de formarmos engenheiros mais eficientes e preparados para resolverem problemas complexos em qualquer área de atuação. Com esta reformulação o Brasil dará um grande passo no ensino de engenharia", destacou o reitor.
Parceria na Inovação
Para atender a demanda de infraestrutura no Brasil, a Siemens possui sete centros de pesquisa e desenvolvimento, que criam tecnologia principalmente para o setor elétrico. Em junho, a empresa inaugurou o MAC (MindSphere Application Center), espaço para pesquisa e desenvolvimento de soluções digitais em Jundiaí, interior de São Paulo e, o Centro Universitário FEI tem sido uma grande parceria da multinacional no desenvolvimento dessa tecnologia e, um exemplo recente foi a instalação de um laboratório no campus da Instituição, São Bernardo do Campo com foco em IoT, o MindSphere, que consiste em um sistema operacional aberto para Internet das Coisas (IoT) baseado em nuvem, que permite conectar máquinas e infraestruturas físicas ao mundo digital, transformando dados em conhecimento e viabilizando novos modelos de negócios digitais.
A utilização do MindSphere proporcionará um avanço na formação de profissionais mais completos e preparados ao ambiente digital. Além disso, o MindSphere não será utilizado somente em sala de aula, mas também na realização de projetos e pesquisas científicas envolvendo alunos de graduação e pós-graduação.