Durante os estudos, você já teve aquela sensação de ler e reler um texto várias vezes e ainda assim não entender absolutamente NADA? Se sim, fique tranquilo, porque, por incrível que pareça, isso é muito comum. Estudar é só mais uma das atividades em que focar na eficiência é mais benéfico do que na quantidade. Aliás, estudar muito – prática chamada pelos cientistas de “overlearning” – pode prejudicar o seu aprendizado. Isso acontece porque a nossa capacidade de relembrar um conteúdo tem um limite proporcionalmente menor à capacidade de estudo.
Para diminuir o tempo e aumentar a produtividade na hora de absorver o conteúdo durante os estudos, o site americano que cataloga universidades Best Colleges compilou diversas dicas para estudar melhor (e menos) e o melhor, elas são comprovadas cientificamente.
Confira a seguir algumas dessas dicas:
1- Impeça a “curva do esquecimento”
Esse fenômeno psicológico foi descoberto em 1885 e, basicamente, ele diz que a primeira vez que você ouve uma aula ou estuda algo novo, tem uma taxa de retenção de até 80% do conteúdo. E o melhor, isso também pode ter um efeito cumulativo. Depois de uma semana, você pode ter a capacidade de reter até 100% do conteúdo. Desta forma, o ideal é que você revise/releia esses conteúdos logo no dia seguinte à aula e não aumente muito esse espaço, assim, fica mais fácil absorver a informação.
2 – Faça conexões
Muitos especialistas afirmam que a diferença entre quem aprende algo rápido ou mais devagar é a maneira como estudam. Ao invés de memorizar, os estudantes mais rápidos fazem conexões entre as ideias. Desta forma, você pode personalizar o seu método de estudo e aprendizagem, criando conexões que se relacionem com as informações que você precisa absorver.
3 – Não releia, relembre
Esse método de estudar foi muito repercutido em 2009, quando um professor de psicologia da Universidade de Washington em St. Louis publicou um artigo na Psychological Science, aconselhando os alunos contra o hábito de leitura e releitura. Ao invés disso, ele aconselha que os estudantes utilizem o método de “recordação ativa”, fechando o livro e recitando tudo o que podem lembrar para praticar a absorção do conteúdo a longo prazo.
4 – Mude o cenário
Mesmo que isso pareça óbvio para algumas pessoas, outras podem esquecer que uma simples mudança pode ter um grande impacto nas contribuições para o aprendizado. Um psicólogo da UCLA, por exemplo, apontou que trocar de local de estudo pode aumentar os níveis de retenção das informações.
5 – Explique o que você entendeu
Pesquisas mostram que os estudantes podem ter melhor chance de recordar o material estudado quando explicam para outras pessoas. Essa prática também pode auxiliar na busca de novos métodos de memorização e até de pontos de conexão com o conteúdo. Se tiver a oportunidade, experimente ensinar o que você estudou para outra pessoa ou até para um “colega imaginário”. O importante é ter a expectativa de “ser professor” desde o momento de estudo, porque é ela que proporciona os benefícios.
*Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar.