Na última semana, o Projeto CITAR (Circuitos Integrados Tolerantes à Radiação) se tornou pauta no “Workshop de Apresentação de Resultados”, promovido no último dia 10 de abril. Na ocasião, além da FEI, o evento também reuniu representantes de instituições como Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI/MCTI), Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP), o Instituto de Estudos Avançados do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (IEAv-DCTA), a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) e o Instituto Mauá de Tecnologia, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI).
Mas afinal, você sabe o que é o Projeto CITAR?
Historicamente, o projeto CITAR, do qual a FEI faz parte, foi criado em 2012, e tem como propósito consolidar, no Brasil, a competência para a realização do ciclo completo de desenvolvimento de Circuitos Integrados de Aplicação Específica (ASICs) tolerantes à radiação ionizante, para uso nos satélites científicos brasileiros.
Na missão de promover uma sociedade mais desenvolvida, sustentável, humana e justa, por meio do Ensino, Pesquisa e Extensão, desde 2012 as pesquisas no tema de efeitos de radiação ionizante em dispositivos eletrônicos seguem com a colaboração da FEI, em projetos que antecederam o CITAR para transformar o Brasil em um País com um domínio tecnológico em áreas estratégicas, como a aeroespacial e de defesa.
Na FEI, as ações promovidas com o Projeto CITAR são coordenadas pela professora Marcilei Guazzelli, do Departamento de Física da FEI, e que também coordena o Laboratório de Efeitos da Radiação Ionizante. Nos últimos anos, a instituição se empenhou na área com layouts de dispositivos mais tolerantes a radiação, engajando uma comunidade que já estava interessada neste mesmo objetivo.
Resultados da FEI com o Projeto CITAR
Dentro do projeto CITAR, o primeiro resultado importante obtido com o apoio da FEI foi a criação de uma metodologia de teste para qualificar dispositivos, fazendo com que o projeto já tenha conhecimento e consiga detectar características e danos.
Em números, as iniciativas da FEI incluem a conquista de 5 prêmios, sendo 4 deles internacionais – que são resultados de trabalhos de pós-graduação, mestrado e doutorado da FEI. Já são mais de 36 periódicos publicados em revistas internacionais, cerca de 60 artigos publicados em canais de congresso nacionais e internacionais, 70 trabalhos apresentados em eventos, mais de 10 consultorias e assessorias de professores em eventos sobre radiação ionizante em dispositivos eletrônicos, 12 mestrados, 15 trabalho de Iniciação Científica e 1 TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) trabalhado no mesmo tema.
Próximos passos
Em depoimento, a professora Marcilei Guazzelli explicou que vê como desafio a constante mudança da inovação e tecnologia, já que todos os processos e efeitos de danos da radiação precisam ser feitos de acordo com as atualizações do mercado. “Quando muda uma tecnologia, você precisa ter conhecimento dos fenômenos físicos responsáveis por esses efeitos, porque a nova tecnologia depende do entendimento do dispositivo para ter uma nova metodologia de teste”, ressaltou. O projeto CITAR será finalizado oficialmente neste semestre, mas a professora também não descarta a possibilidade de dar continuidades às pesquisas, incentivando a comunidade científica a obter mais resultados colaborativos para o futuro tecnológico do País.
