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Aluno da FEI produz máscara de proteção contra o Covid-19 para profissionais da saúde

Com sua própria impressora 3D o aluno já imprimiu mais de 100 máscaras que foram doadas para o hospital de Diadema

02 de abril de 2020

Desde quando os noticiários mostravam a pandemia de Covid-19 na Europa onde estavam sofrendo com a falta de equipamentos, tanto de respiradores quanto de EPI's (Equipamento de Proteção Individual), o aluno de Engenharia Mecânica da FEI, Marcelo Lafarciolavi acompanhou diversas pessoas se mobilizando para suprir essa demanda. Em especial os EPI´s para os profissionais de saúde que eram os mais infectados por estarem na linha de frente.

Quando a pandemia de Covid-19 começou no Brasil, Marcelo, juntamente com um grupo de "Makers"(nome atribuído ao pessoal que trabalha com impressão 3D) enxergaram esta demanda e decidiram produzir o mesmo equipamento para os profissionais da saúde no Brasil em impressoras 3D.

“Como estou ligado e participo de grupos de "Makers" nas redes sociais, vi que poderia ajudar, já que possuo uma impressora 3D em casa, e que no momento estava parada. Atualmente, faço cerca de 15 peças por dia, que é a capacidade da minha impressora, pois cada peça leva cerca de 38 minutos. As primeiras 60 fiz com meu próprio material que tinha aqui, depois que esgotou meu estoque consegui uma ajuda do pessoal da prefeitura de Diadema para aquisição de um pouco a mais de material. Além disso, como irei entregar as máscaras prontas, comprei também a outra parte essencial para o equipamento, que é o Acetato (parte transparente que cobre o rosto da pessoa)”, explica o aluno

A aproximação com o Hospital de Diadema se deu quando o aluno leu uma notícia em que o prefeito da cidade relatava a dificuldade de adquirir o material. “Achei mais uma pessoa no grupo que era da região e que possuía uma impressora em casa e começamos a fazer as impressões dentro da nossa capacidade, porém a prefeitura informou que serão necessárias cerca de 2000 unidades. Hoje meu grupo é formado por 4 pessoas, mas precisamos recrutar outras que possuem o equipamento parado em casa e mobilizar empresas que podem ajudar de alguma maneira atingirmos essa meta”, ressalta Marcelo.

Marcelo explica que a motivação para realizar esta ação vem da importância em ajudar de todas as maneiras possíveis para que tudo isso acabe logo da melhor forma. “Há 5 anos e meio como aluno da FEI, uma coisa que aprendi foi a necessidade de ajudar e ter iniciativa para tomada de decisões que possam contribuir com a sociedade. Durante todo o curso somos desafiados e só conseguimos solucionar se estivermos em equipe. E, é justamente esse o momento que estamos vivendo diante da pandemia de coronavírus”, ressaltou.

Marcelo conclui explicando que a principal dificuldade neste objetivo é a aquisição do acetato, pois como os lugares estão fechados fica difícil adquirir o material. O pedido tem sido feito pela internet, porém a demora pela entrega acaba afetando a produção dos equipamentos, e faz um apelo: “É o momento de nos unirmos para combater o Covid-19. Quem tem uma impressora 3D, pode colaborar com a impressão das peças ou quem conhece alguém que trabalha com algum dos materiais que são necessários para a produção do protetor também pode contribuir mobilizando essa pessoa para que entre nessa iniciativa”.