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Tecidos inteligentes trazem conforto e conectividade ao usuário

Tecidos inteligentes trazem conforto e conectividade ao usuário


  10/05/2019

Cada vez mais integrado com dispositivos eletrônicos, o vestuário tem se tornado um artigo funcional e de infinitas possibilidades

A área têxtil vem rapidamente se adaptando aos desenvolvimentos globais do setor. O futuro dos têxteis, além do tradicional vestuário, aponta para produtos cada vez mais especializados, de alta tecnologia e customizados, que requerem conhecimentos multidisciplinares e inovação tecnológica. Por isso, o setor incorpora aplicações cada vez mais técnicas e de alta tecnologia, encontradas em muitas áreas além do vestuário, como esportes, automóveis e transportes, medicina e saúde, proteção e segurança, agricultura, materiais militares, construção civil, arquitetura e indústria aeroespacial. 

O curso de Engenharia Têxtil do Centro Universitário FEI, o primeiro criado no país, é reconhecido por estar atento a essas tendências a inovações e preparar os alunos para atuarem de forma  proativa, criativa e integrada às outras áreas da engenharia, desenvolvendo pesquisas e projetos, como por exemplo, fios, tecidos e materiais têxteis cada vez mais inteligentes, sejam eles usados para a fabricação de vestimentas, revestimento de objetos ou aplicações industriais. 

Entre as pesquisas que o curso vem desenvolvendo está o E-textile, mais conhecido como tecido inteligente. A tecnologia é a integração entre têxteis e eletrônicos, com o objetivo de dar uma funcionalidade a mais para o tecido e permitir que o usuário possa uni-lo a dispositivos eletrônicos por meio da tecnologia da informação. E-textiles usados em peças de vestuário, por exemplo, são chamados de wearables, e devem oferecer conforto e tecnologia em um único material.

Hoje, essa técnica já é aplicada em produtos como:

  •  Jaquetas inteligentes: possuem sensores que permitem ao usuário acessar comandos do celular (como atender ligações, controlar música, etc.) a partir do pulso da jaqueta. Fios condutivos e componentes eletrônicos permitem essa interação entre o usuário e seu dispositivo móvel.
  • Camisetas inteligentes: usadas principalmente por atletas para acompanhamento de performance e sinais vitais. As camisetas coletam e analisam dados, enviando-os via Bluetooth para o smartphone do atleta. Podem auxiliar o atleta, amador ou profissional, a identificar problemas e melhorar a performance.
  • Casas inteligentes: nesse tipo de projeto, móveis ou outras superfícies que contenham elementos têxteis podem se conectar à nuvem, armazenando e compartilhando milhões de dados e informações, que podem ser usadas para auxiliar o morador a monitorar a umidade do ar, a temperatura de seu corpo enquanto dorme, entre outras atividades diárias.
  • Almofadas inteligentes: constituída de um tecido touch (sensível ao toque) e um sistema eletrônico que leva os dados captados pelo tecido até o aplicativo para celular. Essa almofada pode ser utilizada, sobretudo como um substituto ao controle remoto de aparelhos eletrônicos.

Projetos já desenvolvidos por estudantes do Centro Universitário FEI

Pensando na qualidade de vida das pessoas, projetos envolvendo os e-textiles estão sendo desenvolvidos pelos alunos de diferentes cursos da FEI, como Engenharia Elétrica e Engenharia Têxtil. Os estudantes produziram um tecido touch, que foi usado posteriormente em uma almofada inteligente. O próximo passo para o projeto é incorporar esse tecido em acessórios de roupa de cama para o monitoramento das condições relacionadas ao sono, pensando no bem-estar do usuário, e no monitoramento de pacientes, com o objetivo de que os sensores inseridos nos lençóis possam medir batimentos cardíacos, pressão arterial e temperatura corporal.

Estudos na área de vestimentas, com camisetas e jaquetas inteligentes, também são realizados pelos alunos da FEI.

 Vestimentas pós-cirúrgicas para animais de estimação

 Além disso, os estudantes desenvolveram um projeto que explora o uso de vestimentas pós-cirúrgicas para animais de estimação. O tecido aquece de acordo com a necessidade e mantém o animal nas condições clínicas exigidas para seu restabelecimento.

Para a professora Camilla Borelli, do Departamento de Engenharia Têxtil do Centro Universitário FEI, o que era uma ideia futurista até recentemente, já se tornou uma realidade e seu crescimento é exponencial. “Os produtos têxteis eletrônicos estão sendo explorados em muitos nichos interessantes, desde a captura de movimentos corporais até a prevenção de doenças, tudo isso para oferecer mais segurança e qualidade de vida aos usuários”, afirma.