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FEI participa de congresso Latino-Americano da Indústria Automotiva

FEI participa de congresso Latino-Americano da Indústria Automotiva


  27/03/2019

O evento discutiu a importância da integração entre montadoras e fabricantes de autopeças em um cenário cada vez mais digitalizado

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea - divulgou recentemente um balanço do primeiro bimestre de 2019 relacionado a produção de veículos. Foram 455,3 mil automóveis produzidos no Brasil, o que representa elevação de 5,3% frente aos 432,2 mil fabricados no mesmo período do ano passado. Otimista com os dados, os fabricantes ainda esperam um crescimento maior no ano, principalmente se a reforma da previdência for aprovada. Só a Volkswagen, maior montadora de veículos da América Latina, projeta uma produção de 2,8 milhões de veículos até o final do ano e 3 milhões em 2020.

Além dos números, ha outro fator que chama a atenção do mercado, que é o crescimento da tecnologia embarcada nesses veículos, que, a cada ano chegam ao consumidor cada vez mais conectados e repletos de alta tecnologia, fruto de uma indústria também cada vez mais digital. Porém, mesmo com o avanço da Indústria 4.0, no Brasil ainda existem gargalos que impedem um crescimento ainda maior dessa indústria digitalizada, e é aí que entra a importância das instituições de ensino superior como um agente colaborador e parcerira na formação de especialistas para o setor.

Esta parceria, além de outros temas relacionados a tecnologia e a indústria automobilística foram temas do 1º Congresso Latino-Americano da Indústria Automotiva -  promivido pela AutoData, principal publicação de análise econômica e de assuntos relacionados ao setor automotivo e a Prefeitura da cidade de São Bernardo do Campo - realizado nos dias 25 e 26 de março, no ABC Paulista, onde o reitor do Centro Universitário FEI, Prof. Dr. Fábio do Prado foi convidado para participar da palestra  entitulada “A reinvenção digital dos ecossistemas e as implicações para a indústria automotiva”.

A mesa foi iniciada por Ricardo Wagner Lopes Barbosa, vice-presidente para a América Latina de Desenvolvimento de Tecnologias Digitais e Internet da IBM, que exemplificou em sua palestra o fato de o carro de hoje não ser mais um veículo composto de peças mecânicas, mas sim um ecossistema de tecnologias repleto de sensores, sistemas automatizados e aplicativos desenvolvidos por inúmeras startups.

Ao ser convidado a apresentar o olhar da academia sobre toda essa evolução, o reitor da FEI foi enfático em dizer que esse ecossistema não permite mais que a  indústria e academia andem em lados opostos, e que essa demanda tecnológica também tem chegado à universidade, onde, cada vez mais é necessário que as instituições oferecam plataformas digitais e conectividade aos alunos. “A universidade tem a obrigação de ter um campus inteligente, para que os alunos possam acompanhar a evolução da indústria de manufatura e chegarem preparados ao mercado”, ressaltou o reitor.

O fomento à pesquisa também foi outro assunto colocado em pauta como um elemento importante para o desenvolvimento e avanço da tecnologia. Segundo o professor Fábio, quanto mais parcerias entre indústria e academia, melhor; pois, são essas articulações que permitem o investimento, por exemplo, em pesquisas focadas em novas alternativas de combustíveis, internet das coisas, mobilidade urbana, entre outras. “Estas áreas que exemplifiquei, são as que temos avançado em relação a pesquisa, graças às parcerias que temos firmado com empresas como IBM, Vale, Telefônica Vivo, Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), e mais recente com o Projeto BioValue - que valoriza a Cadeia Produtiva e a pesquisa de Biocombustíveis - e que é cofinanciado por empresas como Petrobras, Embraer e Klabin”.

É verdade que existem políticas públicas que bloqueiam avanços maiores em relação ao fomento dessas parcerias, mas, “é mais do que necessário essa integração entre indústria e academia, caso contrário será difícil avançar”, ressaltou o executivo da IBM.

Outro ponto destacado pelo reitor da FEI para exemplificar o empenhos das instituições em se adquar ao novo cenário, foi o empenho das IES na revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de graduação em Engenharia, que são normas concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) que orientam o projeto e o planejamento de um curso de graduação. 

Segundo o Prof. Fábio, se aprovadas, as novas DCNs devem elevar a qualidade do ensino em engenharia no País; permitir maior flexibilidade na estruturação dos cursos de engenharia, de modo a facilitar que as instituições de ensino inovem seus modelos de formação, como por exemplo trabalhar a  formação através do desenvolvimento de competências; metodologias inovadoras; indução de políticas institucionais inovadoras; ênfase na gestão do processo de aprendizagem; fortalecimento do relacionamento com diferentes organizações; e valorização da formação do corpo docente. "A aprovação das DCNs é aguardada com grande expectativa, pois possibilitarão novas maneiras de formarmos engenheiros mais eficientes e preparados para resolverem problemas complexos em qualquer área de atuação. Com esta reformulação o Brasil dará um grande passo no ensino de engenharia", destacou o reitor.

Clieque aqui e confira em um vídeo, um resumo de como foi o evento.