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A tecnologia a favor de uma vida centenária

A tecnologia a favor de uma vida centenária


  17/10/2018

No segundo dia do Congresso de Inovação, especialistas falam sobre como os avanços tecnológicos podem trazer benefícios e também riscos para a área da Saúde

Os avanços tecnológicos, especialmente os disruptivos, irão revolucionar a saúde das pessoas até 2050. A influência da Biotecnologia e da Engenharia Genética na medicina, bem como os desafios que chegam com o aumento da expectativa média de vida foram alguns dos temas discutidos hoje (17), no segundo dia da terceira edição do Congresso de Inovação 2018 - Megatendências 2050, que tem como tema “Tecnologia para uma vida de qualidade além dos 100 anos – trabalho, saúde e bem-estar” e coloca os estudantes do Centro Universitário FEI nos debates que pautarão o futuro.

A primeira palestra foi transmitida ao vivo direto de Washington, onde mora atualmente André Cézar Medici, economista sênior do Banco Mundial. Durante sua fala, Medici afirmou que as revoluções tecnológicas acontecem em um piscar de olhos e, ao contrário do que costumamos imaginar, é impossível prever os desafios que nos trarão. “A inovação é sempre dramática e muda completamente as regras do jogo, fazendo novas formas de trabalho surgirem e novos problemas aparecerem”.

O economista afirmou também que a biotecnologia ganhará cada vez mais espaço na área da Saúde, pois o profissional unirá biologia com informática para trazer soluções customizadas para cada indivíduo.

Complementando o raciocínio de Medici, José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina, disse que ainda precisamos vencer o desafio de tornar as inovações da área médica acessíveis para todos, pois só assim aumentaremos a média da expectativa de vida.

Amaral também participou de um diálogo com Eduardo Megara da Silva, vice-presidente de operações e TI da Alliar; Maria Beatriz Bley, CEO do Planeta Orgânico; e Fabíola Molina, atleta olímpica de natação e empresária. Juntos, trouxeram reflexões importantes para os alunos, dentre elas, a necessidade de reparar os danos que causamos ao nosso planeta e de solucionar as crescentes crises de energia, alimento e água. “Os jovens serão os atores das principais transformações e caberá a eles a responsabilidade de manter a união entre as cidades e as zonas rurais”, explicou Maria Beatriz.

O painel seguinte contou com a participação de Renato Sabbatini, CEO e presidente do conselho da Edumed; Prof. Dr. Vicente Odone, coordenador clínico do ITACI (Instituto de Tratamento do Câncer Infantil); André Clark Juliano – presidente e CEO da Siemens Brasil e Carlos Eduardo Thomaz, coordenador dos programas de mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica da FEI. Para Juliano, hospitais e clínicas serão espaços de engenheiros, responsáveis por trazer tecnologias disruptivas e criar novos modelos de negócio, permitindo mais autonomia ao consumidor.

No último painel, foi debatido o monitoramento e a digitalização da saúde, abordando o dualismo entre qualidade e privacidade. Roberto Ribeiro da Cruz, CEO da PIXEON; David Uip, diretor da Faculdade de Medicina do ABC e ex-secretário de Saúde do Estado de São Paulo; Theo Van der Loo, membro do grupo orientador FEI; e Elcio Brito da Silva, sócio-diretor de operação de tecnologia da SPI, concordaram que, ao passo que a medicina caminha para se tornar mais eficaz e personalizada graças ao Big Data e à Inteligência Artificial, o paciente terá mais chances de perder sua individualidade por conta do fluxo constante de seus dados.

Cruz alertou que dados relacionados à saúde são os mais valiosos para os hackers e que uma alternativa para evitar os ataques é o uso do Blockchain, mesma tecnologia usada para garantir a segurança e privacidade das transações de bitcoins.

Ao término do dia, foram promovidas várias rodas de conversas entre alunos e CEOs, com o propósito de aproximar os estudantes da FEI dos profissionais que estão no mercado de trabalho e vivem essas transformações.

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