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A formação do engenheiro do futuro é tema em evento da Revista Exame

A formação do engenheiro do futuro é tema em evento da Revista Exame


  20/09/2018

O reitor do Centro Universitário FEI foi um dos especialistas convidados para falar sobre como a Instituição tem preparado seus alunos e profissionais para os desafios do futuro

O futuro da engenharia, bem como dos profissionais que possuem essa formação, nunca esteve tão em alta no centro dos debates, principalmente quando olhamos para um cenário de avanços tecnológicos, inovações, digitalização da indústria, entre outras disrupções que atingem não só o profissional que está no mercado, mas também aqueles que estão no processo de aprendizado, mais precisamente falando, os universitários.

E foi para dialogar sobre o tema, que a Revista Exame convidou o reitor do Centro Universitário FEI, Prof. Dr. Fábio do Prado, para participar como um dos palestrantes do evento Café Exame Educação, realizado na manhãdo do dia 18, em São Paulo, onde o objetivo era debater a importância do ensino na evolução da economia e sociedade no Brasil, desde a engenharia até a formação básica, incluindo o mundo do marketing e comunicação para as mais diversas áreas que fomentam a indústria.

A FEI, sendo uma das instituições que tem estado à frente dessas mudanças em relação formação do engenheiro, tem participado constantemente das discussões que tem entre os pontos de maior preocupação, a necessidade de atender as demandas rápidas que o mercado impõe, principalmente no que diz respeito ao preparo para o futuro e a revolução 4.0, com a tecnologia e a conectividade como grande aliada para alavancar o crescimento.

No debate em que o Prof. Fábio do Prado foi convidado sobre “A Inovação Disruptiva no Ensino de Engenharia”, juntamente com Victor Teles, gerente-executivo da empresa de automação Festo, foram compartilhadas ideias, números e panoramas sobre o desenvolvimento da engenharia para as mais diversas esferas de atuação na educação e na economia do Brasil.  

No centro do debate, o impacto da revolução digital - que tem sinalizado a urgência das mudanças na forma de ensinar - ficou claro a preocupação não somente com a falta de profissionais que atendam a demanda tecnológica que tem atingido o Brasil, mas a qualidade desses profissionais que estão e que ingressarão no mercado. “É preciso olhar para hoje, para uma formação qualificada dos nossos engenheiros, baseada nas competências e pensando no mercado que pede uma mescla de habilidades técnicas com habilidades comportamentais”, ressaltou o Prof. Fábio.

Alinhado com essa questão da formação de um profissional com essas características, o executivo da Festo ressaltou que a função dos engenheiros hoje não está mais meramente restrita à indústria. “Hoje o engenheiro é fundamental para desenvolver tudo aquilo que a sociedade necessita. Ele precisa pensar na concepção, produção, na assistência técnica e até mesmo o descarte do produto. Os cursos tendem a se modificar para atender a essas necessidades da nova geração”, pontuou.

Mas a mudança na formação do engenheiro também passa pela transformação do ambiente universitário. O Centro Universitário FEI, que tem realizado um movimento transformador na Instituição, denominado “Plataforma de Inovação”, tem implantado ações em seus campi que caminham com essas mudanças, como implantação de salas de metodologias ativas, mudanças dos projetos pedagógicos, realização de congresso de inovação, entre outras ações que, segundo o reitor, tem entre os objetivos “estimular um conceito de espaço universitário mais aberto, colaborativo e que estabeleça uma conversa mais assertiva com o mundo real, onde a aprendizagem seja algo experimental e que leve o aluno para além da sala de aula”.

O executivo da Festo concorda que as faculdades, mais do que preparar o profissional para o mercado atual, devem preparar seus alunos para o futuro, ao ressaltar o conceito de life learning, ou traduzindo para o português, ensinar as pessoas a aprender constantemente. “Se renovar e se adaptar a um mercado cada vez mais dinâmico e tecnológico, seja qual for a área vale, e muito, até para o mercado de propaganda e marketing, que nunca sofreu mudanças tão drásticas como nos últimos anos”.

Em um segundo debate sobre “Os desafios da educação básica”, Priscila Cruz, presidente do movimento Todos pela Educação e João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, falaram sobre a necessidade de investir na educação de base, desde o início da vida escolar dos brasileiros até a ponta do processo, evitando que os alunos cheguem com tanta defasagem no ensino médio. Preocupação essa, aliás, que também foi pontuada pelo reitor da FEI. “Os alunos do ensino básico precisam ser estimulados e desafiados a criar e desenvolver soluções desde cedo, para que cheguem cada vez mais preparados na universidade”.

O evento da Exame resulta de uma especial da revista, publicada recentemente sobre a má qualidade da educação como um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento do País, mas que traz também alguns bons exemplos de como instituições – entre elas o Centro Universitário FEI – estão se movendo para melhorar este cenário.